sexta-feira, 25 de março de 2011

Fritando I


Bateu um vontade de escrever alguma coisa, mas nem tenho idéia do que, as letras que formam algumas palavras, que formam algumas frase, que formam textos, as vezes curtos as vezes compridos, não expressa nem um terço do que quero escrever. As vezes os sentimentos são tão grandiosos, e/ou, tão mesquinhos demais para serem transcritos, as vezes uma e/ou um milhão de palavras não consegue descrever, o que sentimos.
Acredito até que sou um pouco pateta tentando, transcrever aquilo que sinto, pois muito dificilmente, o que sinto ou senti, ninguém vai saborear igual, ou semelhante. Pois ninguém é igual a ninguém. Poderia eu aqui descarregar tudo que tenho sentido, tudo que tenho desejado, tudo que penso sobre você, poderia até eu mesma te falar pessoalmente sobre isso, mas você, pouco saberia.
Pois o que sinto vai além do que eu posso transcrever, vai além do que eu posso te contar, vai além do que o meu corpo pode te mostrar, assim como sei que não vou entender os seus sentimentos transcritos. Pois assim como eu, os seus sentimentos foram, e são vividos por você, por mais que eu tente compreendê-los é muito complicado, e já não me importo mais que você me subestime no verdadeiro sentido da palavra,(Subestimar= não dar devido apreço ou valor). Prefiro pensar que o seu apreço por mim seja tão grandioso que esse você, não consiga transcreve-lo(rsr). Doce ilusão, já não me engano mais, prefiro eu o gosto verdadeiro do fel á gosto mentiroso de mel.


Thaíza alexandre

quarta-feira, 9 de março de 2011

O medo


Certa manhã, ganhamos de presente um coelhinho das índias. Chegou
em casa numa gaiola. Ao meio-dia, abri a porta da gaiola.
Voltei para casa ao anoitecer e o encontrei tal e qual o havia deixado:
gaiola adentro, grudado nas barras, tremendo por causa do susto da liberdade.


Texto do livro dos abraços de Eduardo Galeano