Por vezes me sinto feliz, outros momentos parece que paira uma nuvem carregada de agua salgada dentro dos meus olhos.
Por vezes me sinto segura, outro momento parece que me tiraram o chão que me sustentava.
Por momento me sinto dela, outro momento parece que não sou de ninguém, nem de mim mesma.
Me perco, me encontro, me perco novamente, e desejo apenas encontra-la mesmo que nem me encontre mais nela.
Depois percebo se nem eu mesma sei onde estou, como poderá a Rainha me encontrar?
Por momento me sinto um urso de pelúcia, que de vez em quando sirvo pra dormir abraçada.
As vezes me sinto a melhor bala que há.
Por momento nem urso de pelúcia, nem bala, sou apenas aquele quadro da estante antiga.
Mas nos últimos momentos o que mais tenho me sentido é um iôiô, isso aquele brinquedo que você amarra na ponta do dedo joga pra frente, pra trás, pro lado, em baixo, as vezes bem distante as vezes bem perto, as vezes guarda, as vezes exibi.
E me vestindo agora como iôiô, tenho uma coisa apenas a dizer, sabe não gosto de ser jogada para os lados, não gosto também que me guarde, nem que me exiba, as vezes eu iôiô só tenho um desejo, cair no chão me quebrar, e adoraria não ser concertada outra vez, adoraria não ser mais iôiô.
Gosto até da idéia do urso e da bala, mas, iôiô não!
Thaíza Alexandre
