terça-feira, 17 de maio de 2011

Gastando...



Desde que te vi alí, na minha frente, cabelos loiros compridos, soltos ao vento, roupas coloridas, soltas como os cabelos, transbordando inquietude, parecia meio confusão, mas certa da sua confusão, com a mesma ligereza que adentrasse o ônibus, saíste sem ao menos esperar que eu me situasse, se seria, sonho, aparição, ou délirio.
Seguir sem a certeza do que havia sido, apenas guardei na memoria aquilo que nem mesmo eu sabia, a face de uma menia, que vinha não sei de onde, caminhando para onde a minha pobre imaginação nem me deixava imaginar.
Depois que já estava quase certa de que havia sido sim, mas uma pegadinha da minha cabeça, eis que surge ela outra vez, com seu caminhar,meio torto, jogando os braços de leve,com cara de menina e com um ar de mulher.
Sei não, mas me pegou de jeito aquela criatura com a estatura menor que a minha, com a aura tão moleca. E ter estado com ela por algumas horas foi só para ter certeza que, de fato ela estava muito além do que eu, uma amadora dos poemas conseguisse transcrever.
Na verdade nem sei se o melhor poeta conseguiria, assim como tenho minhas dúvidas que Picasso conseguiria desenha-la mesmo subjetivamente.
Sei não mas, ela não sai da minha cabeça, seu jeito de sorrir, de dançar reggue, até mesmo a maneira em que solta a fulmaça do cigarro, seu pirsing na parte superior do lado direito da boca, as suas tatooagens, lembro com muita claridade dela por inetira.
Me sinto uma idiota por ter estado, tão proximo dela e tê-la respeitado tanto.






Thaíza Alexandre



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